O Governo negou ontem, quarta-feira (04) a existência de um plano para assassinar o líder do maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, e justificou as operações contra o maior partido de oposição com ameaças ao estado de direito e posse ilegal de armas.
Falando numa sessão de perguntas ao Governo no parlamento, o ministro do Interior, Basílio Monteiro, disse que o executivo “não coloca e nem quer colocar como hipótese assassinar indivíduos, muito menos o líder da “perdiz”.
Segundo avançou a agencia Lusa, a bancada parlamentar da Renamo acusou ontem o Governo de tentativa de assassínio ao seu líder, ordenando operações nesse sentido às forças de defesa e segurança, ao mesmo tempo que lança apelos para o diálogo.
Segundo Basílio Monteiro, citado pela Agência de Informação de Moçambique, as operações em curso destinam-se a manter “a ordem pública, o direito à vida, a livre circulação de pessoas e bens e o exercício de direitos fundamentais e liberdades previsto na Constituição”.
O ministro do Interior afirmou também que é às forças de defesa e segurança que “compete garantir a ordem, segurança e tranquilidade públicas de todos os cidadãos” e que o uso de armas de guerra é “uma prerrogativa exclusiva” do Estado.
Basílio Monteiro disse ainda que o acordo apenas previa uma guarda armada até às primeiras eleições, em outubro de 1994, acusando a Renamo de usar repetidamente armas contra civis, o que justifica ações para eliminar “ameaças a pessoas e ao Estado” e a determinar uma operação de desarmamento.
“O Governo vai prosseguir com o desarmamento e recolha de artefactos de guerra e outros em posse de cidadãos ou entidades não legalmente autorizadas para o efeito”, acrescentou Basílio Monteiro citado pela Lusa.