O ex-Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, reagiu pela primeira vez às várias e graves suspeições que pesam sobre si em diferentes negócios mal feitos, em que o Estado saiu a perder, em benefício de privados. Encontrámos Armando Guebuza na recepção oficial por ocasião do dia da Independência Nacional, na Praça da Independência, em Maputo.
Perguntámos a Armando Guebuza sobre a polémica acerca da EMATUM. Guebuza recusou-se a falar dos pormenores do negócio e a responder às grandes inquietações sobre o mesmo. Afirmou que o assunto está bem encaminhado pelo Governo e que a solução que este adoptar é a mais correcta. “Eu penso que o problema está entregue em boas mãos. O nosso Governo é que está a tratar”, declarou Guebuza.
Recorde-se que o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, disse recentemente, na sessão que debateu a Conta Geral do Estado, que a taxa de juro é demasiado alta, o que dificulta que o Estado pague a dívida de 850 milhões de dólares em sete anos. Perguntámos a Armando Guebuza se o seu Governo tinha a ideia do tipo de negócio em que se estava a envolver, e o ex-Presidente da República respondeu: “Aquilo que o nosso Governo decidir é aquilo que é correcto. Deixe o Governo resolver os problemas que existem”.
Ainda sobre a EMATUM, o “Canal de Moçambique” informou em edições anteriores, que aquela empresa tem uma sede na Holanda. Quando confrontado sobre o assunto, o ex-Presidente da República disse que não tinha conhecimento: “Não tenho conhecimento. O que eu sei é que a EMATUM veio aqui para poder melhorar a capacidade moçambicana de pesca.” [CM]