No final do penúltimo dia da V sessão do conselho Nacional da Renamo. José Manteigas, porta-voz da V sessão do Conselho Nacional da Renamo, garantiu que o partido anunciou que vai forçar a criação das autarquias provinciais no centro e norte do país, através da criação de uma polícia autónoma e da redistribuição do seu efectivo militar.
José Manteigas disse que aprovou-se a criação, “a bem ou a mal”, das autarquias provinciais, incluindo o uso da ala militar do partido, que será redistribuída para responder a eventuais ataques do Governo.
“Todos nós sabemos que a Frelimo tem usado a polícia para impor a sua vontade, por via disso a Renamo, porque não pode desaparecer e não deve, irá também criar as suas forças, para autodefender-se nas situações em que for atacada”, disse José Manteigas, recusando a ideia de que estas decisões sejam lidas como uma declaração de guerra.
O Conselho Nacional da Renamo decidiu também estender os trabalhos por mais um dia, até sexta-feira, para aprofundar o debate sobre a estrutura das autarquias provinciais que pretende criar em Manica, Sofala, Tete, Zambézia (centro) e Niassa e Nampula (norte), como forma de ultrapassar o que alega ter sido uma fraude nas eleições gerais de 15 de Outubro do ano passado.
José Manteigas assegurou que o efectivo militar da Renamo não será aumentado, porque “já demonstrou nos últimos dois anos em Sadjundjira [Gorongosa] que os homens que tem são muito mais valentes do que o exército que a Frelimo manipula”, sentenciou José Manteiga.