O maior partido da oposição em moçambique, Renamo, ameaça evacuar todos os edifícios onde funcionam Governos provinciais, isto nas províncias onde a “Perdiz” aleta ter ganho nas últimas eleições.
Sem avançar datas, José Manteigas da V sessão do Conselho Nacional da Renamo disse que o os militares daquele partido vão evacuar os edifícios estatais onde funcionam os actuais governos provinciais e aos dirigentes da Frelimo ser-lhe-á dada a oportunidade de escolha, de se filiarem na Renamo para se manterem nos cargos ou transferirem o poder para o partido de oposição.
“O Conselho Nacional deliberou que o partido devia prosseguir com a implementação das províncias autônomas e governe à força onde ganhou as eleições porque temos legitimidade para dirigir as províncias”, disse José Manteigas.
Segundo o porta-voz do Conselho Nacional, a reprovação do projecto baseou-se na arrogância e negação da partilha de poder, e “não por falta de mérito e inconstitucionalidade” da proposta.
Segundo avançou a agência Lusa, Manteigas acusou o partido no poder de não querer implementar o acordo de cessação das hostilidades militares, assinado a 05 de Setembro pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e pelo ex-Presidente Armando Guebuza, “porque a Frelimo quer continuar a usar as forças armadas e a polícia para impor a sua vontade e reprimir a população”, insistiu José Manteiga.
“Face a isso, o Conselho Nacional decidiu criar as suas forças armadas e uma polícia de modo a defender-se dos ataques da Frelimo, que pretende eliminar a Renamo e o seu presidente, Afonso Dhlakama”, acrescentou José Manteigas.
Ainda segundo o porta-voz da reunião, durante o debate hoje do relatório do gabinete central eleitoral da Renamo, foram mostradas situações “anacrónicas e chocantes” de fraudes, que o Conselho Constitucional preferiu ignorar para validar os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro de 2014 a favor da Frelimo.