Armando Guebuza elogiou o esforço de diálogo levado a cabo por Filipe Jacinto Nyusi, nomeadamente ao encontrar-se com Afonso Dhlakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), no seguimento da crise pós-eleitoral entre Governo e oposição, mas também com Daviz Simango, presidente do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), e partidos extraparlamentares e ainda com a sociedade civil, “um parceiro importante para o desenvolvimento”.
Guebuza concorda que a chegada ao poder de Nyusi, o primeiro Presidente que não participou directamente na luta de libertação nacional, tem um alcance geracional e criou “muitas expectativas, não só na juventude do partido e outras tendências, e permite ver que, afinal de contas, se pode obter mudanças na democracia interna” da Frelimo.
“A força da mudança”, ‘slogan’ nas campanhas eleitorais do partido maioritário “é isso”, sustentou, manifestando a sua convicção de que “a Frelimo vai fazer todos os possíveis para continuar a merecer a confiança da população” e advogando que a alternância democrática não precisa de ser partidária, desde que a escolha seja feita pelo eleitorado.
Sobre o seu futuro, Armando Guebuza referiu que vai concentrar-se no “aumento do prestígio” de Moçambique, “para que o povo fique cada vez melhor e o país seja respeitado como um Estado de direito democrático”, e admitiu que a sua acção se alargue à resolução de conflitos no estrangeiro.
“Fora do país, mesmo antes de ser chefe de Estado, já tive oportunidade de participar em unidades ligadas à paz”, recordou, e, “se houver conflitos por resolver, tudo dependerá dos casos que ocorrerem”.