Após serem ouvidos na segunda-feira finda no Tribunal Judicial do Distrito de Kampfumo, província de Maputo, Carlos Nuno Castel-Branco e o editor do jornal Mediafax, Fernando Mbanze, irão conhecer a sua sentença no dia 16 de Setembro do presente ano.
Castel-Branco está sendo acusado por crime contra a segurança do Estado e Veloso e Mbanze pelo crime de abuso de liberdade de imprensa.
Tudo começou quando em Novembro de 2013 o economista moçambicano Castelo-Branco, escreveu um artigo endereçado ao antigo chefe do estado, Armando Guebuza e postou na maior rede social do mundo (Facebook).
Posteriormente o referido artigo foi reproduzida pelos jornais Mediafax e Canal de Moçambique, dirigidos por Mbanze e Fernando Veloso respetivamente.
Na carta, Carlos Nuno Castel-Branco acusava Armando Guebuza de estar “fora do controlo” e de ter empurrado o país novamente para a guerra, numa alusão aos confrontos, na altura, entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique.
Para várias entidades moçambicanas e internacionais, o caso ultrapassa a esfera judicial e assume contornos políticos, numa ameaça ao direito de opinião em Moçambique.
Refira-se que o diretor do semanário Canal de Moçambique não se fez presente no tribunal, por estar a receber tratamentos médicos na Europa, porém, o seu julgamento foi adiado.