O líder do maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, falando aos seus homens armados na cidade de Quelimane, província da Zambézia, pediu total apoio dos mesmo para poder “governar à força” nas autarquias provinciais, que o partido insiste criar.
“A Frelimo já não produz manifestos porque sabe que vai roubar votos e governar, pensando que (Afonso) Dhlakama vai reclamar e depois recuar. Pelo menos essa parte (das províncias autónomas) ninguém vai recuar. Quero o vosso apoio para governarmos à força”, disse Afonso Dhlakama citado pela Lusa.
Afonso Dhlakama, assegurou que não pretende reeditar a guerra no país e apelou ao Governo a não responder à sua acção por via das armas.
No referido encontro, o líder da “perdiz” deplorou as críticas do grupo, que o acusa de “comer com a Frelimo” e de “esquecer de nós”, respondendo que “se é que há um líder no mundo, um conservador, com persistência de se lembrar que iniciamos juntos a luta armada em 1977, sou eu (Afonso) Dhlakama”.
“Eu estou entre a espada e a parede, já não posso desistir depois de quase 40 anos de luta pela democracia, estaria a trair o povo e os meus colegas, que são vocês os comandos e generais, combatentes pela democracia”, frisou.