Desmobilizada do destacamento feminino do maior partido da oposição em Moçambique (Renamo), juntaram-se no domingo passado na região de Makoka, distrito de Sussundenga, província de Manica, centro do país, para celebrar a passagem do 35º aniversário desde a sua criação.
Mas do que uma simples demonstração, a cerimônia serviu para demostrar a força feminina da Renamo. Foram no total 120 antigas guerrilheiras da Renamo que se juntaram no local onde foi construído a primeira base da Renamo naquela região.
Trajadas a rigor com a habitual farda das tropas da “perdiz” e com botas novas, desfilaram para a moldura humana que se fez presente no local e sobre um olhar atento do seu líder, Afonso Dhlakama.
A celebração dos 35 anos do destacamento feminino da Renamo foi marcada por muita emoção. Afonso Dhlakama, não conseguiu conter as lágrimas.
“Chorei muito por que lembrei-me dos momentos mais difícil dos jovens. Como podem ver, hoje estamos a comemorar 35 anos da entrada delas. Foi precisamente aqui que entraram pela primeira vez na luta.
Na altura eu estava aqui, foi precisamente no dia 30 de Julho de 1980, quando acabávamos de vencer uma ofensiva militar na serra de “Satonga” e pensei que a mulher poderia entrar na luta pela democracia e mandamos um grupo que conseguiu mobilizar 3 raparigas, infelizmente duas delas já perderam a vida, comandante Luísa que era natural de cá e a comandante Victória Dhlakama que era prima do meu pai” disse Dhlakama.
Ficou-se a saber que a terceira mulher recrutada e que não se fez presente nas festividades por motivos não anunciado, responde pelo nome de Paulina Dhlakama que também é parente do líder da Renamo.