O maior partido da oposição, Renamo, denunciou a existência de um alegado plano para assassinar o seu presidente, Afonso Dhlakama, que se encontra actualmente na província da Zambézia.
Na sua publicação semanal “A perdiz”, a Renamo cita alegadas fontes militares colocadas algures em Inhaminga, no distrito de Cheringoma, na província de Sofala, como tendo informado que um grupo de 16 oficiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, com a especialidade de atiradores, estaria a seguir viagem com destino à Zambézia, onde se encontra o presidente da Renamo.
Segundo a Renamo, os mesmos atiradores, mobilizados a partir da cidade da Beira, tinham estado, desde a noite do sábado passado, hospedados em Inhaminga, para descansar e depois seguir viagem para a Zambézia, onde têm alegadamente a missão de assassinar Afonso Dhlakama.
O porta-voz da Renamo, António Muchanga, contactado pelo Canal de Moçambique, disse que não está a par do assunto, pelo que declinou fazer qualquer comentário. Mas um alto oficial militar da Renamo confirmou a existência do referido plano, afirmando que o seu partido está a acompanhar a situação.
Disse que foram informados, a partir das próprias Forças Armadas, da existência dessa missão, e que os homens estarão à paisana a acompanhar Afonso Dhlakama nos seus comícios e encontros com as populações.
O Ministério da Defesa Nacional prometeu reagir nas próximas horas. Mas uma fonte desvalorizou as acusações da Renamo e disse que Afonso Dhlakama é guarnecido pelas Forças de Defesa e Segurança, e que, por isso, para o assassinar, seria necessário eliminar os agentes do Estado que estão com ele.