Ferroviário da Beira vence Petite Reveliere Noire Football Club por (1-2) e marca passos para fase seguinte

Quando os avançados estão de folga

Por Chonze José Júnior

O Ferroviário da Beira iniciou ontem a odisseia nas provas africanas na Taça das Confederações Nélson Mandela com o pé direito, ao sair vitorioso por duas bolas a uma em jogo referente à primeira mão da pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da competição.

Em pleno New Georg V Stadiun, o Clube Ferroviário da Beira apanhou um susto quando o capitão Bazerque aos 12 minutos aproveitando da desatenção do guardião locomotiva Willard, colocou o Petite Reveliere Noire Football Club em vantagem no marcador. Era a festa para as três centenas de adeptos que estavam no estádio.

CFB

 

Com o esquisito 1-4-5-1 formado por Willard na baliza, Elísio e Edson as laterais e Cufa e Mambucho a dupla de central; com Fabrice e Paíto no centro do meio-campo, Maninho e Reinildo nos extremos, Gildo a servir de garçom ao ponta-de-lance Jacob, o Ferroviário da Beira precisou de vinte minutos para reagir com Gildo a desferir um portentoso remate para cima da baliza.

Os locomotivas correram atrás do resultado mas não ao ponto de evitar a derrota ao intervalo.

No reatamento, os locomotivas regressaram a quadra sem nenhuma alteração no seu xadrez mas com alteração táctica de Maninho que de médio direito passou a fazer dupla de ataque com Jacob. A equipa entrou com outro ar e determinado o mudar o rumo dos acontecimentos.

Aos 53 minutos, Reinildo deu aviso a navegação que o Ferroviário da Beira, não veio à Curipipe (cidade que acolheu o jogo) para vir fazer turismo. O médio esquerdo trocou os olhos com Jacob e para depois fazer um grande remate para a defesa apertada do guardião Georg-Maria para canto.

Aos 56 minutos, Reinildo sofre falta do fogoso ponta-de-lance Kalembe John, melhor marcador do campeonato mauriciano com 15 golos em 17 jogos por si realizados.

Os anfitriões reagiram ao ímpeto ofensivo locomotiva aos 57 minutos quando Cufa foi obrigado a emprestar sua experiência para aliviar um lance que ia perigosamente a baliza de Willard.

Aos 65minutos mais uma investida do Pétite e Lewis por pouco cheirava o golo mas Willard mostrou-lhe o porquê de estar na baliza locomotiva, deu uma palmada.

Lucas Bararijo vendo que os locomotivas corriam contra o tempo e o resultado não era lhes favorável, tira o médio Fabrice Wa Kanda e lança para o jogo o irrequieto Nelito que deu muita luta a defensiva contrária. Com a sua entrada, Maninho recuou para o lado direito do meio campo e cabendo ao recém-entrado Nelito fazer dupla de ataque com Jacob.

Nelito entrou em grande e como resultado, no minuto 68 ganha uma falta inteligente e no livre, Gildo chamado a cobrar, desferiu um portentoso remate que só o guardião contrário defendeu com os olhos. Era o empate no New Georg V Stadiun.

Os locomotivas não cruzaram os braços, continuam jogando a procura do golo que desse tranquilidade ao conjunto moçambicano. Por outro lado, os anfitriões também tentavam a todo custo encontrar o caminho para o golo mas não encontrou facilidade devido a defensiva locomotiva comandada excelentemente por Cufa não dava espaços.

Aos 78 minutos, o estádio ficou gelado. Mais uma vez, Nelito foi tocado na entrada da grande área e como rezam as regras: penalty. Mambucho chamado a cobrar, só gelou completamente o estádio. Era o delírio de alegria por parte dos dirigentes locomotivas que esqueceram-se de dirigentes e revestiram-se de adeptos e festejaram efusivamente…não era para menos. As danças de Víctor Matine foram marcas no país do Índico.

Daí em diante, só era a locomotiva a dar cartas. Numa altura em que Dayo já estava em campo no lugar de Jacob.

Aos 82 minutos, Nelito teria carimbado o passaporte locomotiva rumo à Congo quando clamorosamente falhou um golo certo.

Aos 85 minutos, Tchitcho rendeu o desgastado Paíto. E dois minutos depois, Dayo teria dilatado o marcador quando na boca da baliza não conseguiu fazer o que era mais fácil, empurrar a bola para o fundo das redes de Georg-Marie.

Nos 4 minutos de compensação dado pelo quarteto das Ilhas Seychelles, os locomotivas conservam o resultado.

Com essa vitória, abre excelentes perspectivas para a passagem dos locomotivas para os dezesseis avos-de-finais da competição diante do AS Vita do Congo mas antes, o os locomotivas recebem os mauricianos na tarde do dia 01 de Março no Caldeirão do Chiveve a contar para a segunda mão da pré-eliminatória de acesso à fase de grupo desta competição.

 

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