Muito recentemente o Moz Massoko noticiou sobre a exoneração do António Muchanga no quadro de Porta-voz de Afonso Dhlakama. O Magazine Independente garantiu que Muchanga foi exonerado por que estava a fomentar intrigas no seio dos membros e de tomar decisões que não estão alinhadas com o partido.
Em conversa com o “Canal de Moçambique”, Muchanga negou tais alegações e classificou-as, como informações desestabilizadoras, que querem distrair a Renamo do mais importante. Muchanga explicou ao “Canalmoz” que continua porta-voz da Renamo e membro do Conselho de Estado, com todos os direitos e regalias. Disse que não é porta-voz do presidente da Renamo, mas desmente que tenha sido afastado, como se diz por aí. Muchanga fala de uma saída normal. Explica que ocupou o cargo de porta-voz de Dhlakama, porque o líder estava em local não revelado. Uma vez que Dhlakama voltou a estar contactável, o partido decidiu extinguir o posto.
“O que percebo é que eles querem atirar uma batata quente dentro da Renamo, para nos distraírem do mais importante”, disse António Muchanga.
“Não houve abates. Extinguiu-se o posto de porta-voz do presidente da Renamo, porque já está presente e contactável”, esclarece. Segundo Muchanga “a designação de ‘porta-voz’ foi criada quando o presidente foi para parte incerta em Julho de 2013”. Muchanga diz que não é verdade que trabalhou apenas um ano como porta-voz do presidente da Renamo.
Continuo porta-voz da Renamo
Sobre as informações sobre o seu afastamento do posto de porta-voz, Muchanga diz que isso não é verdade. Sobre as aparições de José Manteigas como porta-voz, Muchanga explica que não há nada de novo. Muchanga esclarece que Manteigas é porta-voz do Conselho Nacional da Renamo desde que Mazanga cessou, e não vê nada de anormal nisso.
Muchanga afirma que, mesmo se tivesse cessado as funções, sente-se valorizado por ter sido eleito deputado e relator da Quarta Comissão. Diz que não entende como é que Dhlakama aceitaria a sua indicação para relator, se o queria afastar. Segundo as suas próprias palavras, continua membro do Conselho de Estado, e a sua mais recente presença nessa qualidade foi durante a cerimónia de homenagem ao general José Moine, na passada segunda-feira, dia 23.