Após a leitura do informe anual da Procuradoria-Geral da República, a bancada parlamentar do maior partido da oposição no país, mandou algumas farpas a procuradora Beatriz Buchili.
Os comandados por Afonso Dhlakama avançaram que não se percebe os por quês a procuradoria não mencionou as irregularidades cometidas pelo partido no poder no informe.
“Todas as ilegalidades e crimes do regime colonialista da Frelimo são públicos e cometidos à luz do dia. No entanto, a Procuradoria-Geral da República não faz constar nos seus informes. A PGR, como advogada do Estado, defensora dos interesses de todos nós, deveria exercer a sua acção fiscalizadora de legalidade, no lugar de apenas lamentar a subida dos níveis de criminalidade como se de um cidadão comum se tratasse. Esta situação da inoperacionalidade da PGR faz perder confiança ao sistema judicial, daí o frequente recurso à justiça com próprias mãos”, disse Mário Ali, deputado da Renamo, citado pelo O PAÍS.
Na opinião da Renamo, a PGR não está interessada em investigar crimes de que os membros da oposição são vítimas. “A PGR é usada pelo regime colonialista da Frelimo para travar os projectos de inquérito da EMATUM e dívida pública que os partidos requereram. Exigimos que a PGR actue com rigorosidade, visto que se trata de fragrante ilegalidade e assalto do patrimônio do Estado por indivíduos que nos deveriam proteger, e responsabilize os autores do Governo de Guebuza”.